Continuar caminho, até passar sobre dois canais. Daí a nada a estrada é visualmente cortada por duas linhas paralelas feitas com paralelipípedos, que indicam o local onde passava o muro - no caso, onde começava Berlim Leste. Um pouco atrás, junto a um parque, fica uma das duas torres de vigia que permaneceram após a queda do muro (aberta de Maio a Setembro, de quinta a domingo, das duas às sete da tarde).
Entre a rua e o rio Spree estende-se um dos locais mais abgefahren de Berlim:
- Ao longo do segundo canal, na sua margem esquerda, há um conjunto de barcaças transformadas em restaurante. Assim:
(foto tirada daqui)
- Na margem direita do canal, na rua am Flutgraben, encontra-se o Klub der Visionäre, com concertos, DJ, e o mais que eles se lembrarem de inventar. Também alugam um barco com capacidade para 11 pessoas (mas não sei se exigem carta de patrão de costa, ou se serve para qualquer marinheiro de água doce).
- Um pouco mais à frente dos restaurantes fica uma empresa que aluga kayaks, nos quais se pode sair rio fora, e saborear Berlim de uma perspectiva completamente diferente.
- Ao fundo da Am Flutgraben fica a Kunstffabrik - pavilhão para uso de artistas. Ao lado, há um café com um terreno relvado onde espalharam bancos de jardim sobredimensionados (uma pessoa senta-se lá em cima, a metro e meio do chão, e percebe como é que os bebés se devem sentir quando sentados nos móveis dos adultos), e carros velhos cobertos com relva (Dali? tu por cá?).
- Virando nessa pequena rua à direita, chega-se ao rio Spree e encontra-se o Badeschiff (vale mesmo a pena seguir este link): um barco com piscina, onde se fazem concertos ao ar livre, aulas de yoga, e até se pode nadar "sobre" o rio. Contudo, nos dias quentes, o mais que se consegue é chapinhar, tanta é a gente que se junta naquela piscina.
- Logo a seguir fica a Arena Berlin, edifício industrial transformado em pavilhão para concertos. Com inúmeros concertos para jovens, e outros. Por exemplo: em Junho a Orquestra Filarmónica de Berlim costuma dar dois concertos da série Zukunft@BPhil. No próximo fim-de-semana vão tocar uma peça composta para esta orquestra por Wynton Marsalis, com Sir Simon Rattle a dançar de um lado da orquestra, e miúdos das escolas berlinenses a dançar do outro lado, segundo uma coreografia de Rhys Martin. Por oito euros.)
Para ocupar um dia, parece-me que já chega.
No entanto, turistas mais do meu género (daqueles que conseguem meter aceleradamente vários Rossios numa Betesga) podem ainda ir até ao cais de Treptow apanhar um barco para descer o rio, passando por Köpenick com destino a um lago mais a sul, o Muggelsee. Ou passear pelo parque de Treptow, apreciando o roseiral com as suas 25.000 roseiras e o Memorial dos Soldados Soviéticos - se acham que 25.000 roseiras é muita rosa, olhem para este número: foram 80.000 os soldados que morreram na conquista (ou libertação) de Berlim.
Antes de regressar, um must absoluto : depois de anoitecer, percorrer a ruela entre a Arena Berlin e a Kunstfabrik (junto ao café com bancos enormes). Sobre toda a rua penduraram candeeiros com lâmpadas vermelhas, e não digo mais que isto: é mágico.
- Na margem direita do canal, na rua am Flutgraben, encontra-se o Klub der Visionäre, com concertos, DJ, e o mais que eles se lembrarem de inventar. Também alugam um barco com capacidade para 11 pessoas (mas não sei se exigem carta de patrão de costa, ou se serve para qualquer marinheiro de água doce).
- Um pouco mais à frente dos restaurantes fica uma empresa que aluga kayaks, nos quais se pode sair rio fora, e saborear Berlim de uma perspectiva completamente diferente.
- Ao fundo da Am Flutgraben fica a Kunstffabrik - pavilhão para uso de artistas. Ao lado, há um café com um terreno relvado onde espalharam bancos de jardim sobredimensionados (uma pessoa senta-se lá em cima, a metro e meio do chão, e percebe como é que os bebés se devem sentir quando sentados nos móveis dos adultos), e carros velhos cobertos com relva (Dali? tu por cá?).
- Virando nessa pequena rua à direita, chega-se ao rio Spree e encontra-se o Badeschiff (vale mesmo a pena seguir este link): um barco com piscina, onde se fazem concertos ao ar livre, aulas de yoga, e até se pode nadar "sobre" o rio. Contudo, nos dias quentes, o mais que se consegue é chapinhar, tanta é a gente que se junta naquela piscina.
- Logo a seguir fica a Arena Berlin, edifício industrial transformado em pavilhão para concertos. Com inúmeros concertos para jovens, e outros. Por exemplo: em Junho a Orquestra Filarmónica de Berlim costuma dar dois concertos da série Zukunft@BPhil. No próximo fim-de-semana vão tocar uma peça composta para esta orquestra por Wynton Marsalis, com Sir Simon Rattle a dançar de um lado da orquestra, e miúdos das escolas berlinenses a dançar do outro lado, segundo uma coreografia de Rhys Martin. Por oito euros.)
Para ocupar um dia, parece-me que já chega.
No entanto, turistas mais do meu género (daqueles que conseguem meter aceleradamente vários Rossios numa Betesga) podem ainda ir até ao cais de Treptow apanhar um barco para descer o rio, passando por Köpenick com destino a um lago mais a sul, o Muggelsee. Ou passear pelo parque de Treptow, apreciando o roseiral com as suas 25.000 roseiras e o Memorial dos Soldados Soviéticos - se acham que 25.000 roseiras é muita rosa, olhem para este número: foram 80.000 os soldados que morreram na conquista (ou libertação) de Berlim.
Antes de regressar, um must absoluto : depois de anoitecer, percorrer a ruela entre a Arena Berlin e a Kunstfabrik (junto ao café com bancos enormes). Sobre toda a rua penduraram candeeiros com lâmpadas vermelhas, e não digo mais que isto: é mágico.
12 comentários:
ainda toda roidinha, concluo que a nossa primavera fugiu para Berlim. Humpf! (que bela jornada!)
pois é, pois é, mas há quem tenha a mania que a Itália é que é bonito, e que Veneza não sei quê, e que Roma não sei que mais...
;-)
A Primavera? Desroi-te, minha amiga: o mau tempo já está outra vez a caminho. Já pus as plantas na varanda, assim tenho menos trabalho a regar.
"Com inúmeros concertos para jovens, e outros. Por exemplo (...)"
Hihihi.....
Estava a ver que não reparavas!
:-)
Desculpe, Helena, mas não é bonito o que anda a fazer à economia do seu país natal, aliciando-nos de tal maneira que andamos meio zonzos a tentar marcar viagens para Berlim. E assim como vamos poder cumprir o mandamento do Presidente de todos nós? Vá, não PEC mais, como disse o papa ao ministro!
:-)
Lucy,
para desagravo dos seus PECados, beba vinho. Porque é bem sabido que beber vinho é dar de comer, etc.
Esse presidente é muito engraçado: eu, com marido e filhos alemães, vou agora para Portugal fazer férias sozinha, enquanto eles ficam por aqui a gastar euros entre os alemães?
É um anti-Cristo, é o que é. Um Inimigo da Família. Por este andar, um dia destes ainda acaba a deixar passar o casamento entre pessoas do mesmo sexo...
;-)
já vou ali dar de beber à dor...
O país agradece!
:-)
(quantas garrafitas são precisas para nos darem uma medalha agora no 10 de Junho?)
(e quantos fins de semana num hotelzito no Portugal profundo?)
Porque será que vejo sempre um caixote de lixo no cantinho dos meus posts? ou é uma garrafinha?
Pois é, parece que ficou mesmo muita coisa por disfrutar em Berlim! Que saudades de há dois anos... E mesmo sem tanta descrição apetitosa e tentadora, quem me dera poder planear já uma nova visita (agora a quatro), quanto mais não fosse só para irritar o homem que saíu de Boliqueime, mas nunca deixou que Boliqueime saísse de dentro dele! Tão pateta... Divirtam-se por aí, que aqui os tempos são de apertar o cinto.
Já agora, muito obrigado pelo excelente vídeo do "Bonjour Tristesse".
E em Agosto conto-te a minha primeira visita à Schlesiches Tor, onde, na minha ignorância, fui barrado por um eficiente guarda da ex-Alemanha de Leste...
Schlesisches...
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