Reincidi.
Voltei ao ginásio, desta vez porque me ofereceram uma hora com um treinador pessoal.
(Como é possível ser tão ingénua?)
Começou bem, com simpáticas manobras de sedução para melhor cercar a vítima.
- E então, quais são os seus objectivos?
- Objectivos?
- Enfim, reforçar os músculos do tronco, talvez?
- Sim! Boa ideia, boa ideia.
- Então vamos lá.
Fomos.
Poupo os detalhes dos 45 minutos mais longos da minha vida.
Noutros tempos, bastaria mostrar estes meus músculos lacerados à Amnesty International, e o carrasco do ginásio ficava logo a saber como elas mordem. Mas por causa do maldito relativismo, tudo se aceita, desde que praticado por adultos livres.
***
Como se não fosse suficientemente mau, a minha filha comentou que as torturas a que fui sujeitada não passam de exercícios de aquecimento nos seus treinos de lacrosse.
Maldito relativismo infiltrado, que nem as crianças poupa!
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