Já me tinha constado que Utrecht é uma cidade linda, mas não estava preparada para tanta beleza e tanto sossego. Era sábado de manhã, e as pessoas vieram para a rua saborear o sol. O passeio junto ao canal encheu-se de mesas e cadeiras, e gente que parecia não ter qualquer objectivo para o dia.
Um homem trouxe para o ar livre dois modelos de navio, e pôs-se a retocá-los descansadamente.
Era tudo tão perfeito, que fiquei desconfiada que estão todos pagos pelos serviços municipais de turismo.
Ora aí está um emprego que me convinha.
4 comentários:
Oh se convinha! E logo numa cidade com um ar tão civilizado: as bicicletas bem estacionadas, umas singelas esplanadas à beira-canal, os salgueiros a pendurarem a folhagem sobre as águas (podias ter usado um filtro que as fizesse azuis - é o único defeito que encontro nas fotografias)...
Filtro, Paulo?! Fi... filtro?!
Não!
O meu lema é:
"a verdade, toda a verdade, e nada mais que a verdade".
(...que para mais não chega engenho e arte.)
(depois contas-me como é que se aplica esse filtro?)
Vê-se mesmo que não davas para fotógrafa publicitária. Não sabes que, quando eles são mesmo bons, até o Danúbio se põe azul?
Danúbio azul?
Ah, isso não é sabedoria do fotógrafo, é sabedoria do compositor (e a música não mente, ao que consta):
Donau so blau,
Durch Tal und Au
Wogst ruhig du dahin,
Dich grüßt unser Wien,
Dein silbernes Band
Knüpft Land an Land,
Und fröhliche Herzen schlagen
An deinem schönen Strand.
;-)
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