30 abril 2010

o não-caso

Está no Bios Politikos,
e eu copio para aqui, porque quero guardar estas palavras certeiras do Miguel Silva:

Os únicos pontos que merecem discussão naquilo a que os jornais ingleses decidiram baptizar como Bigotgate são a legitimidade - ou falta dela, para ser mais correcto - e a impunidade dos órgãos de comunicação social no tratamento da conversa particular mantida entre Gordon Brown e um elemento da sua equipa de campanha. Muito mais importante do que discutir se a eleitora que interpelou Brown tem razão no que disse ou se o comentário do primeiro-ministro pode ser considerado ofensivo, é reflectir sobre os limites que todos os dias são ultrapassados por uma comunicação social ávida de sangue para as manchetes e para o horário nobre, indiferente ao mau serviço que presta ao jornalismo e à democracia.

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E acrescento: num momento em que a Europa se debate com a maior crise da sua história, o primeiro-ministro inglês gasta tempo a encenar pedidos de desculpa perante as câmaras, por motivos completamente patetas. Bem vamos.

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