No meu ginásio há uma máquina automática de aluguer de filmes. É fantástico: vou fazer de conta que faço desporto, depois poupo afincadamente água e energia em casa porque tomo lá duche, e a seguir trago para casa uns filmezinhos para me sentar a descansar do esforço sobre-humano.
(Acho que é melhor não contar dos chocolates e assim que como mal chego a casa, para repor as calorias perdidas) (olha, agora que falei nisso... a embalagem familiar de Mon Chéri está a acabar) (saber de experiência feito: o problema de comer Mon Chéri de manhã é que uma pessoa fica com hálito etílico ainda antes da hora do almoço) (e se for logo ao pequeno-almoço ainda pior: vai uma pessoa a caminho do trabalho, às 8 da madrugada, e vem o polícia, olhe, não se importa de soprar aqui para o balãozinho, e uma pessoa, claro que não, qual deles?) (adiante, que esta conversa já está a descarrilar, e juro que foram só dois)
Na sexta-feira passada trouxe dois filmes: "Last Radio Show" e "Je vous trouve trés beau". Para devolver até quinta-feira.
Ai o stress: ainda faltam três dias, mas não sei quando vou arranjar uma abertinha para os ver. Enfim, uma abertinha para ver nem seria muito difícil, mas o que eu queria mesmo era tempo para saborear.
Sabem aquele livro, "Em Busca do Tempo Perdido"?
Sou eu.
Só pode ser a minha biografia.
8 comentários:
Grande surpresa: e eu que devo estar a receber o primeiro tomo hoje, que a Amazon mandou na sexta. Vens cá autografar?
Se no entretanto encontrar o tempo, vou! :-)
Tu não me digas que queres ler esse livro? Que demora cinquenta páginas entre pegar na chávena e levá-la à boca?!!!
Na dúvida, nao acredito em boatos e experimento. E se for mesmo assim, nunca se sabe. Adoro o Sr.Palomar, onde nao acontece nada e aprendi espanhol com uma daquelas séries japonesas em que o rapay chuta a bola e dois episódios depois marca golo.
E depois é em francês e eu enquanto nao falar um francês fantástico nao posso aprender russo.
Bem, se queres aprender russo a partir do francês, o melhor é ler "le testament français", de Andrei Makine.
Também avança lentamente, acho que vais gostar...
(Ele não estava a conseguir editá-lo em França, então fez de conta que era uma tradução do russo para o francês, e num instante estava feito best-seller, com uma tradução muito louvada. Louvado seja o São Jerónimo, padroeiro dos tradutores!)
Olha, acho que já contei isto no teu blogue: tenho o "em busca do tempo perdido" em francês e banda desenhada. Um desenho muito vagaroso, tal e qual como o livro. Se quiseres, e eu o encontrar (é, ando em busca da BD e do tempo perdido), posso emprestar-to.
Agora já comecei a versao original...e depois, eu bem sei que o teu marido é suábio, mas livros destes, se se lêem, tem de se poder ficar com eles. Senao ando para aí outra vez a re-comprar clássicos que ainda nao têm a minha marca...
PS: Mas aceitarei a BD, se a encontrares. Se tiveres o Capital também quero. E agora vou parar de te monopolizar o blogue, para nao assustar os senhores.
"O Capital" não tenho.
Mas arranjo-te "o Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo", de Lénine (com a lombada muito gasta, porque o li muitas vezes tentando compreender - debalde), e "A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra", de Engels.
De brinde, levas a BD do Proust.
E uns sconnes.
Nao, era o capital em BD. Mas eu pago os meus sconnes com explicaçoes de Lénine :)
Aaaah, falamacantar.
Se é em BD, arranjo, claro.
E levas mais seis de brinde: Adam Smith, Ricardo, Malthus, Stuart Mill, Alfred Marshall e Keynes.
Espero que não ande por aqui nenhum dos meus professores. Tiravam-me já o canudinho, e tanto dinheiro me custou comprá-lo!
;-)
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