Segunda etapa das férias: voar para Salt Lake City, e seguir daí para os parques nacionais.
No aeroporto alugámos um carro, metemos a tralha toda lá dentro, e fomos para um Whole Foods comprar sopas em tetrapack, molhos de tomate biológicos, latas de leite evaporated e tudo o que era necessário para os dez dias de campismo que se seguiriam.
Num Walgreens perdi a cabeça e comprei duas garrafas enormes
(duas, pois, porque a segunda era quase de graça... ainda há-de vir o dia em que aprenderei a não escorregar em qualquer casca de banana marketingueira que me estendam no caminho)
de um produto que agora se usa muito por causa da nova gripe: parece um creme para pôr nas mãos, mas é desinfectante - "kills 99% of all germs", dizem eles, e não sei porquê fico logo a pensar no 1% que resiste.
O Joachim e o Matthias também foram a um REA
(o que eu gosto daquela loja! só por causa dela, até estava capaz de me tornar uma outdoor freak)
(outdoor freak, para mim, é dar um passeio de dois quilómetros nas imediações de uma cidade)
foram a um REA, dizia eu, comprar comida liofilizada para a caminhada no Grand Canyon, e de caminho deixaram-se convencer a comprar dois Camelpak que se vieram a revelar formidáveis.
(Agradeço a quem me disser agora como os devo lavar e conservar. Li alguma coisa sobre enchê-los com uma mistura de água e bicarbonato, mas...)
Tínhamo-nos esquecido que Salt Lake City é terra de mórmones, onde as bebidas alcoólicas estão proibidas. Depois de muito procurar, conseguimos encontrar um Liquor Store, onde comprámos umas zurrapas a preço de Borgonha premier grand cru. Adiante, que tristezas não pagam dívidas.
Algumas centenas de quilómetros a sul demo-nos conta que os EUA mudaram imenso. Não era preciso ter visto na internet, ainda na Alemanha, se havia algum supermercado de produtos biológicos em Salt Lake City. Estes produtos invadiram todos os supermercados! Até no banal Albertson's de Moab foi possível encontrar praticamente tudo o que tínhamos comprado no famoso Whole Foods.
Convém esclarecer que não sou fanática dos organic. Mas nos EUA, onde as listas de ingredientes dos produtos têm vários metros de comprimento, prefiro comprar biológico, para evitar os aditivos químicos.
Carro cheio, fizemo-nos à estrada.
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