14 fevereiro 2009

evolucionismo

Ia um chimpanzé velhote todo satisfeito pela selva, quando encontrou um monte de bananas, ali deixado por um grupo de investigadores do comportamento daquela população, e mais satisfeito ficou.
Ia começar o festim, quando se deu conta que outro chimpanzé, mais novo e mais forte, se estava a aproximar.
Fazer o quê? Disfarçou, pôs-se a assobiar para o ar, carinha de "só vim aqui ver a bola".
O outro achou que ali havia coisa, mas não se deu por achado.
"Façamos de conta que está tudo normal", decidiu ele, continuou a andar com ar distraído e... escondeu-se atrás de uns arbustos.
Quando achou que a costa estava livre, o primeiro parou de fazer que assobiava e foi-se às bananas.

ZUUUUMBAS! - o outro saltou-lhe logo em cima.

(Mas não vou dizer, Rita, que assim se prova que alguns jornalistas são descendentes de...)

Esta história, ligeiramente manipulada para provocar a minha bloguista berlinense preferida, foi tirada de um estudo sobre o comportamento de macacos.
Tem episódios óptimos: o mais fraco que também quer comer mas não consegue abrir caminho pelo meio dos outros, e por isso solta um grito tipo "inimigo à vista!" que põe todos em fuga; o pequenito que quer comer o que um mais velho tem e grita como se estivesse a ser atacado, de modo que a mãe furiosa imediatamente se abate sobre o "agressor", que desata a fugir, enquanto o filho matreiro se delicia com a comida.

Em termos de articulação, expressa na capacidade de mentir, de perceber que se está a ser enganado e - como na primeira história - fazer de conta para que o outro não perceba que eu percebi, o cérebro destes colegas já atingiu um indubitável estádio superior.
Estão uns homenzinhos!

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