"A partir de uma concepção de amor e de família naturalista, fundada na complementaridade dos sexos e dos gêneros e no imperativo da associação entre conjugalidade, sexualidade e reprodução, a Igreja Católica nega que a liberdade de orientação sexual seja um direito humano, advogando a tese de que os homossexuais devem manter-se celibatários ou ingressar, se possível for, no universo da conjugalidade heterossexual."
(Extracto de um trabalho de sociologia, "Outras famílias: A construção social da conjugalidade homossexual no Brasil", de Luiz Mello, Professor do Departamento de Ciências Sociais, UFG, Goiânia-GO, Brasil)
Anormal e imoral é uma Igreja que obriga as pessoas a fazerem de conta que são o que não são, que as leva a sentirem-se mal na sua própria pele, que lhes sugere o caminho heterossexual que não é o deles, que irresponsavelmente arrisca nessa manobra a felicidade e a auto-estima do outro membro do casal, e que deste modo empurra as pessoas para a concepção por naturalíssima via de crianças que acabarão filhas de divorciados, passando a conviver com um pai ou uma mãe que, após anos de casamento, assumiram a sua homossexualidade e optaram por viver com um companheiro do mesmo sexo.
Anormal e imoral - e até ridículo, se não fosse tão trágico -, é virem depois falar do "superior interesse da criança".
Concretamente: se realmente acham anormal que as crianças convivam com homossexuais, aos menos não obriguem os homossexuais a conceber filhos numa tentativa de enganar a sua natureza.
Não seria má estratégia, oh, ineptos aprendizes de feiticeiro, que começassem por acautelar o superior interesse da criança lutando pela dignificação do casamento, em vez de o instrumentalizar desta forma vergonhosa.
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