Uma conhecida minha é professora numa escola de ensino especial em Berlim.
Tem um aluno de 10 anos, filho de palestinianos, que já sabe o que quer ser na vida: mártir. Entrar para o Hamas, fazer-se explodir contra Israel.
A mãe dá-lhe todo o apoio.
No coração de Berlim.
Na semana passada, a Polícia foi mais uma vez à escola devido a um novo furto do rapazinho. A directora de turma foi a casa da família dele falar com os pais.
Os pais não estavam em casa. Só estavam os filhos mais velhos, que não sabiam de nada - nada de novo na relação daquela escola com aquela família.
Estavam acompanhados por um funcionário do serviço social, que pareceu à directora de turma estar numa atitude de demasiado companheirismo (não pedi detalhes).
Tudo isto levanta imensas questões.
Devemos ou não devemos dar o nome da mãe e do filho à polícia israelita, para que impeçam a sua entrada no país, já que se sabe quais são as suas intenções?
Devemos retirar aquela criança à mãe, para ser educada por uma família com princípios democráticos mais sólidos?
A dignidade humana é inviolável - já conhecemos o princípio fundamental.
O difícil é equacioná-lo na vida real.
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