Desde que a Alemanha começou a exigir conhecimentos mínimos de alemão para permitir a entrada de cônjuges neste país, houve uma redução significativa dos casamentos arranjados na Turquia.
Segundo entendi, a regra destinava-se a dificultar a importação de noivas.
Pelos vistos, as famílias turcas iam buscar noivas que dêem mais garantias de moralidade e bons costumes do que estas filhas de turcos nascidas na Alemanha, que são obrigadas a ir à escola e tudo, e lá são contaminadas com as modernices deste país.
Mas, afinal, quase metade das entradas de turcos via casamento são homens.
Pelos vistos, os pais entendem que os rapazes vindos da Turquia têm melhor carácter, parece que acham que há demasiados criminosos entre os rapazes turcos nascidos na Alemanha.
Ora bem: se até os meus outros se dividem entre eles e os seus outros, fica cada vez mais complicado separar o trigo do joio. Que cansaço.
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Adenda:
Quanto mais penso nessas categorias, "trigo" e "joio", mais vazias se tornam.
Tanto mais que eu própria posso ser um joio na Alemanha. Quando para cá vim, não falava quase nada alemão. Se fosse hoje, será que não me deixavam vir viver aqui com o meu marido?
(Ainda ando a tentar perceber se esta regra só se aplica a turcos. Sem comentários.)
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