29 novembro 2007

fotogarrafa

Conheço o Marcelo Min há anos. "Conheço" é uma maneira de dizer, acompanho-o pela internet e pelo que amigos comuns vão contando. Quando me apetece passear pela vida real, visito o Fotogarrafa: o Brasil nu, as pessoas olhadas com um misto de ternura e muito respeito.
É dele uma das minhas fotografias preferidas: "desobediência civil".



E muitas outras - é entrar e passear, ver a carecada na Amazónia, o campo de futebol encoberto pela poeira, a adolescente grávida a cheirar cola, a gente pobre cujo olhar atravessa a foto com tanta dignidade...

O Marcelo Min faz a fotografia e conta as histórias - das pessoas e do momento em que se encontraram.
E agora conta uma história especial: o nascimento do filho.

Aqui vai uma amostra:



"Dra. Andrea Campos, obstetra, observa o trabalho de parto da Lu. Nascer é a coisa mais simples do mundo. A doutora não usou anestesia, nem fez cortes, nem colocou "sorinho" na veia. Só esperou.
Apesar da Maternidade do São Luiz estar abarrotada de partos entre a quarta e quinta feira, 08/11, assim que a bolsa da Lu rompeu, em casa, conseguimos com a maior facilidade a única sala de parto normal (delivery). Dos 15 partos, somente o nosso foi normal. Quero dizer, pelo espanto das enfermeiras, a palavra "normal" por lá é sinônimo de cesária."

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