Recebi uma carta das Finanças a exigir o envio até 12 de junho de uma lista dos juros recebidos em 2005.
Juros? Que juros? Por sorte, quem trata disso é o Joachim. Por azar, está a fazer investigação na UCSF e só volta na próxima semana.
Telefonei para o número de telefone que vinha na carta, atendeu-me imediatamente a pessoa com quem eu queria falar. Expliquei-lhe que o meu marido está ausente, e na semana em que regressa vai estar demasiado ocupado a organizar um congresso, pelo que não pode tratar dessa lista. "Então fica combinado e vou anotar aqui que ele a enviará até ao fim deste mês", foi a resposta.
Aproveitei já estar ao telefone para perguntar em que pé está o subsídio à compra de habitação própria, e ela passou-me para a colega. Dois assuntos resolvidos ao telefone, em três minutos.
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Um amigo nosso morreu, deixando uma enorme dívida às Finanças. O irmão foi falar com o funcionário das Finanças, explicou o problema, a morte repentina, os pais idosos em estado de choque e sem meios para pagar a dívida.
O funcionário decidiu ali mesmo que a licença do táxi seria vendida para pagar parte das dívidas, e o restante seria ignorado, porque não fazia sentido atormentar os pais com questões dessas.
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Roubaram-me a carteira alguns dias antes de começarem as férias em Portugal. Fui aos serviços camarários pedir uma carta de condução nova justamente no dia em que esses serviços não atendem o público. Expliquei a urgência, e a senhora na recepção enviou-me à colega das cartas de condução, que me recebeu imediatamente, telefonou para a colega de Karlsruhe a confirmar os meus dados, e me deu uma guia. Sem ser preciso pagar taxa de urgência nem nada.
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Para ser justa, será necessário acrescentar que no rent-a-car do aeroporto do Porto um funcionário me aceitou a guia e me deixou sair com o carro, apesar de eu não ter carta de condução válida.
E para ser justa outra vez, devo referir que a Polícia alemã não funciona, nem por sombras, tão bem como as Finanças.
Basta dizer que se sabia perfeitamente quem me tinha roubado a carteira e muitas outras coisas, mas precisaram de mais de um mês para lhe irem fazer uma busca domiciliária. Sem esquecer que, quando participei o roubo, me perguntaram quanto tempo tencionava viver em Weimar...
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