...apesar de haver momentos em que dentro a dor não parte sem dor...
No nosso quinto ano em Weimar, começa a ficar cada vez mais claro que um dia destes vamos à vida para outras bandas.
Não é que me dê muito jeito - com os miúdos satisfeitos na sua vida escolar, e justamente agora que o destino nos emprestou uma casa fabulosa - mas Deus põe e o mercado de trabalho diz poing.
Aviso aos amigos que queiram conhecer Weimar:
até ao fim deste ano lectivo ainda garanto quarto de visitas com esta paisagem.
A partir de Agosto, logo se verá que vistas temos para oferecer:
Austrália? USA (agora já se pode outra vez, hehehe)? Suíça? Áustria? Dinamarca? França?
...Ou até: Alemanha.
E sobre a vista, adianto que o que se vê ao fundo da rua é o centro histórico de Weimar - o palácio ducal, a igreja de Herder, o casario por onde andaram os who's who da cultura clássica alemã. Do lado direito, quase ao cimo da encosta, vê-se uma torre que foi construída pelos russos para lembrar as vítimas de Buchenwald (o que chega a ser divertido, tendo em conta que os americanos fecharam o campo e os russos o reabriram logo a seguir, com nova gerência e outros inimigos da nação, mas serviço inalterado). O campo de concentração fica do lado de lá do cume. Quem quiser fazer umas reflexões instantâneas sobre miséria e grandeza do género humano, venha cá passar umas horitas a esta janela.
***
E parto dentro de momentos, é verdade, e já estou com saudades disto.
Até pareço os estudantes de Coimbra a piangear na hora da despedida...
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