Hoje, há cinco anos, vivíamos nos EUA.
Passei o dia em frente à televisão, incrédula e embotada.
Passaram muitas vezes as mesmas imagens, sempre nesta sequência: primeiro, as pessoas que saltavam das torres em fogo; logo a seguir, um grupo de palestinianos (seriam palestinianos?) que davam grandes mostras de contentamento.
A meio da tarde, quando fui buscar os miúdos à escola, havia uma nota da directora para os pais:
"Em nome da Paz e do Futuro, contem aos vossos filhos como são as condições de vida dos palestinianos. Temos de andar nos mocassins dos outros para os poder compreender."
À noite, fomos a uma oração da igreja católica na paróquia universitária. Tinham convidado estudantes árabes para fazer as leituras.
Dois dias mais tarde, representantes das inúmeras religiões que coexistem em San Francisco juntaram-se numa cerimónia pública profundamente digna e comovedora.
Em várias cidades dos EUA ocorreram ataques - mortais, alguns deles - a árabes.
Na nossa paróquia pediram-nos que ajudássemos a formar "escudos humanos" em centros sociais árabes e nas mesquitas, para os proteger.
Não esquecer: a Paz.
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