09 setembro 2008

há mar e mar, há banhistas e banhistas

O jj. amarante fala neste post da destruição paisagística da costa, e da dificuldade em compatibilizar as férias na praia para toda a classe média e a protecção da paisagem.

Este Verão descobri a praia no Wannsee, um grande lago a cerca de 15 km do centro de Berlim. Durante a Guerra Fria, era o local de veraneio mais importante para a população de Berlim Ocidental. Com linha de S-Bahn, para melhor servir os berlinenses, e com um monumental balneário construído nos anos 20.





A gente vê aquela praia cheia de gente (tem 1,2 km de comprimento e espaço para 12.000 banhistas) e não acredita que na margem do lago só se vejam árvores, aqui e ali interrompidas por uma mansãozita dos fins do séc. XIX.
Onde estão os prédios para o pessoal que faz questão de ter uma janela a dar para a água?
Onde está a pressão imobiliária, a criatividade de furar as directrizes do ordenamento do território, ou até de "dar um jeitinho" aos planos directores municipais?



Uma brilhante bloguista desta praça desfez o mistério: os ricos da Alemanha não gostam de viver em prédios de apartamentos.

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