"Alma minha" era aquele início de soneto que, na escola, nos fazia rir o riso parvo dos adolescentes. Ah, maminha...
É muito triste ser um adolescente de riso parvo. Porque o "ah maminha" estorva a beleza do soneto, e leva-nos para os antípodas do ambiente para conversar sobre afectividade na sala de aula.
Alma minha - como disse? Nem a alma que me habita é minha (quando muito, sou eu dela, vamo-nos fazendo juntas), quanto mais a alma de outra pessoa! Meu é aquilo de mim que ofereço ao outro, mas não quem se oferece a mim.
"Amor meu" era uma possibilidade. O amor que sinto em mim e me faz ajustar a bússola na direcção daquela alma.
(Mas: amigos como sempre, ó Camões. Não se pode acertar em todos os versos.)
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"Alma minha" era o tema da semana passada no Largo. Mas meteu-se uma coisa e outra...
A ver se acerto melhor o passo com as companheiras:
A Curva
A Gata Christie
Boas Intenções
Gralha dixit
O blog azul turquesa
Quinta da Cruz de Pedra
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