Quando foi a primeira vez que vos ocorreu que o papa Francisco ia ser diferente dos outros? A minha primeira vez foi quando ele, recém-nomeado, apareceu perante a multidão na praça de São Pedro e pediu a todos que lhe dessem a benção. - Então...? Então...? Então....? - perguntava eu, perplexa e profundamente comovida.
E depois os sapatos cambados, em vez dos Prada do papa anterior. E a cruz do Bom Pastor, que já usava enquanto bispo.
E depois o sorriso bondoso, a gargalhada aberta e desarmante.
A gargalhada, justamente: também por isso, não consigo imaginar nenhum outro papa tão próximo de Jesus Cristo. Aqueles dois, sentados a uma mesa: que alegria, que festa fariam!
Os médicos mandavam que repousasse, mas ele ainda tinha algo importante a fazer: visitar pessoas nas prisões, receber o vice-presidente dos EUA para lhe ensinar a mensagem de amor de Jesus Cristo em especial para com aqueles que o regime de Trump persegue. E dizer-nos adeus na praça de São Pedro, onde há 12 anos pediu que o abençoássemos.
Francisco merece repousar em paz. Cumpriu a sua missão, e indicou-nos o caminho. Agora restamos nós. Mais sós, é certo - mas temos um mapa como herança.
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