1. Kaj ti je deklica (Little trouble girls), de Urška Djukić
Não consegui evitar os paralelos com o Gloria, de Margherita Vicario, que vi também na Berlinale no ano passado: primeira longa da realizadora, música, jovens mulheres ou adolescentes a cantar. Mas no Gloria a alegria e o prazer da música estão no centro; neste Kaj ti je deklica, a música é apenas a moldura que enquadra as tensões e a descoberta da sexualidade.
2. Minden Rendben (Growing Down), de Bálint Dániel Sós
Um filme bem feito, com bom ritmo, bons actores, e a pergunta que angustia: pode um pai obrigar o filho a mentir para escapar às consequências dos seus actos?
3. El Diablo Fuma (y guarda las cabezas de los cerillos quemados en la misma caja), de Ernesto Martínez Bucio
Também primeira longa metragem do realizador, tinha tudo para me conquistar: um título muito promissor, um bando de crianças. Digamos assim: não conquistou.
4. Das Licht (The Light), de Tom Tykwer
À saída da exibição, ouvi um jornalista a comentar com outro: "mas que foi isto?!" Isto é uma vertigem berlinense neste princípio do século XXI, com uma mensagem simples (estamos todos perdidos, cada um no seu próprio labirinto; só nos salvamos se tocarmos o essencial de mãos dadas com os outros. É isto, mas na forma de sopa da pedra cinematográfica: um pouco de tudo, e tudo e excesso. Ainda estou a decidir se gostei ou não, mas há duas cenas que não esqueço: o modo como filma o primeiro date de um adolescente (lindo!!!) e o comentário de uma vizinha perante a discussão do casal no patamar das escadas (não conto, mas: adoro os berlinenses!)
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