20 janeiro 2025

plano B


Encontrado nas memórias do facebook: 20.1.2023 Hoje esqueceram-se de acender o sol em Berlim.
Portanto: Plano B.




Hoje - o dia da segunda tomada de posse de Trump - amanheceu lindo.
A natureza quer lá saber de nós, das nossas contradições, das nossas convulsões!
A natureza quer lá saber do nosso desânimo.

*

Jens Stoltenberg, antigo secretário-geral da NATO, dizia ontem a propósito do desejo de Trump de deitar a unha à Gronelândia: "A Dinamarca e os EUA têm de dialogar".
Dialogar?! Então não é facto assente que nenhum país pode roubar território aos outros?! Vale para a Rússia, vale para Israel, vale para os EUA.
Mas será que vale para os EUA? Imagino as pessoas da América Latina ou da Península Arábica a olhar para este novo objecto do desejo dos EUA e a encolher os ombros: "Story of my life", dirão elas.
E nós? Parafraseando Roosevelt: sempre soubemos que os EUA são um país son of a bitch, mas até agora era o nosso son of a bitch. Tínhamos boas desculpas para nos mantermos aliados e amigos, dizíamos que é a realpolitik, num mundo profundamente complexo...
E agora ficamos desconcertados porque o amigo e aliado está a fazer uma inflexão e a virar-se contra nós.

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Neste dia sombrio, plano B: lembrar que nem sempre fizemos o que os EUA quiseram (lembrar a recusa da França e da Alemanha em participar na invasão do Iraque). Concentrar-nos no mais essencial e urgente: a conversão energética e a mudança de estilo de vida para travar o aquecimento climático.
E repetir como um mantra que as fundações da nossa conduta têm de ser o Direito Internacional e a Declaração Universal dos Direitos Humanos: é a única estrela que nos pode guiar na fase da História da Humanidade que tem neste 20 de Janeiro de 2025 uma data simbólica.


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