Não sei que têm as nossas colmeias, que já três enxames vieram cá bater à porta. Há alguns anos foram dois, com poucas semanas de intervalo. O terceiro chegou este fim-de-semana. Vinham sem abelha-mestra, e deu-se um jeito para acomodar mais algumas centenas de abelhas junto das outras. Mais um capítulo para juntar à centenária tradição de Berlim de acolher refugiados com toda a simpatia. Ele são os protestantes da Boémia, ele são os huguenotes, eles são os sírios, eles são os ucranianos. E agora, as abelhas.
Digo "nossas colmeias", mas não é bem verdade: limitámo-nos a disponibilizar o lugar em cima da garagem, e a pedir aos vizinhos que plantem flores de outono (porque na primavera e no verão ça va sans dire, mas em começando a arrefecer as coisas complicam-se) e a avisar a dona das abelhas sempre que acontece algo fora do normal. Portanto: avisámos, ela veio logo. Verificou que o enxame estava sem abelha-mestra, pelo que, em vez de lhes dar uma colmeia nova, arranjou maneira de as integrar numa já instalada. Tudo em boa paz. Aprendam, humanos!
Esta manhã encontrei junto a uma das nossas janelas uma abelha enorme. Seria a rainha que faltava ao enxame? Fotografei-a ao perto, para perguntar à apicultora.
Mas, pelo sim pelo não, antes de enviar a imagem, fui ao google aprender a diferença entre abelhas-mestras e vespas. Era uma vespa.
Ups! Ainda bem que não enviei a imagem à apicultora, imagino a cara dela quando a visse... Por sorte, ninguém viu, ninguém deu conta, ainda não é hoje que passo uma grande vergonha em público.
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