29 janeiro 2022

dia de reflexão

 


Beeeeem, caso haja por aí alguém a precisar de reflectir mais um bocadinho, partilho duas achegas que me chegaram via facebook, e achei interessantes: 

1. Quem quero ver a fazer o discurso do cinquentenário do 25 de Abril?

(Esta é particularmente importante para quem está a pensar que é tudo farinha do mesmo saco, e por isso nem se dá ao trabalho de ir votar)


2. Da página do Twitter de Adriano Cerqueira@adrijobecq ):

Nas #Legislativas2022 o país é divido em 22 círculos eleitorais correspondentes aos 18 distritos de Portugal Continental, às regiões autónomas da Madeira e dos Açores, e a dois círculos da diáspora, um para a Europa e outro para o Resto do Mundo.




Como podem ver no mapa cada círculo tem um número diferente de deputados. Este número é atribuído consoante a população residente em cada distrito/região. Com excepção dos círculos da diáspora.

Os deputados são distribuídos através de uma equação conhecida por Método de Hondt, que distribui os mandatos consoante a percentagem de votos de cada partido numa dada região.

Para saber mais: https://cne.pt/content/metodo-de-hondt

Isto significa que, dependendo do local onde vives, um voto num partido mais pequeno poderá não resultar em qualquer mandato. Nesse sentido, para que o teu voto não seja despediçado convém perceber o histórico de votação no teu distrito.

Nestas tabelas podes ver a distribuição de mandatos por círculo e por partido nas eleições legislativas de 2019, 2015 e 2011.


Fonte: https://eleicoes.mai.gov.pt/legislativas2019/


Por exemplo, imagina que queres votar no BE. Se viveres em Aveiro, Braga, Coimbra, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém ou Setúbal, as probabilidades de o teu voto resultar na eleição de um deputado deste partido é maior, do que se viveres em qualquer um dos outros círculos.

Claro que, o voto é pessoal e deve ser feito com convicção. No entanto se o teu objectivo é que a tua família política seja mais representada que a outra, o voto útil num partido maior pode justificar-se se aquele com o qual te identificas não tiver repsentação na tua região.

Com isto em mente caso partilhes o meu objectivo de levar a esquerda à vitória nas próximas eleições, aqui tens os partidos de esquerda que mais provavelmente vão conquistar deputados por círculo, tendo por base os resultados das últimas três legislativas:


Açores: PS;

Aveiro: PS e BE;

Beja: PS e CDU;

Braga: PS, BE e CDU (menos provável);

Bragança: PS;

Castelo Branco: PS;

Coimbra: PS e BE;

Europa: PS

Évora: PS e CDU;

Faro: PS, BE e CDU (menos provável);

Guarda: PS;

Leiria: PS e BE;

Lisboa: PS, BE, CDU, PAN e L;

Madeira: PS e BE (menos provável);

Portalegre: PS;

Porto: PS, BE, CDU e PAN;

Resto do Mundo: PS;

Santarém: PS, BE e CDU;

Setúbal: PS, BE, CDU e PAN;

Viana do Castelo: PS;

Vila Real: PS;

Viseu: PS.

 

Os partidos assinalados como (menos provável) neste período apenas conseguiram eleger por uma vez nesse determinado círculo.



3 comentários:

Maria João disse...

Hoje não me apetece elogiar. Também não pode ser sempre ...

Helena Araújo disse...

Não é preciso elogiar, claro. Mas agora fiquei curiosa: qual é o problema com este post?

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...

Informação muito útil, para quem vote nos círculos eleitorais mais pequeninos, obrigado!

Caramba, e já era tempo de acabar de vez com este disparate dos dezoito círculos distritais e mudar, pelo menos, para os sete círculos REGIONAIS!

Assim se conseguiria reduzir em muito as injustiças eleitorais e não seria tão necessário o voto útil, que muita gente não gosta de se sentir coagida a praticar...