27 junho 2021

viver e escrever

 







A vantagem de partilhar momentos felizes no facebook é que ele mos lembra depois, ano após ano. Esta manhã, por exemplo, já me lembrou que a fronteira entre a França e a Alemanha reabriu faz agora um ano, e amigos nossos vieram passar alguns dias connosco: casa com vista para o mar perto de Douarnenez (e char à voile numa praia linda e deserta, e Quimper sem turistas), casa com vista para o mar em Carantec, pernoitar em Saint Malo e Mont Saint-Michel (num Mont Saint-Michel sem turistas!) intra muros.
(Nas imagens: o lado menos conhecido do Mont Saint Michel, nós no cemitério a lavar os pés porque para ir ver o lado norte do Mont Saint Michel acabámos atolados nas areias movediças que ali há, mais o anoitecer, mais o amanhecer.) E há quatro anos estava assim:
Post mete-nojo:
Está uma pessoa ao computador descansadinha da vida, a arrancar os cabelos enquanto luta contra o atraso (esta semana vai ser assim) e recebe uma mensagem a dizer isto:
Hi guys,
I hear from my brother that you are planning a visit. Don't forget to include a few days at our coastal apartment. We are looking forward to seeing you both.
O "coastal apartment" é em Santa Cruz, em frente ao Pacífico. Já estou outra vez com stress de tempo livre: eclipse solar em Oregon, Avenue of the Giants, San Francisco, acampar junto à Highway nr. 1, e agora Santa Cruz.
Há que ser forte, e manter o sangue-frio.

Tenho dezenas de milhares de fotografias dessa viagem à Califórnia, da estadia de sete meses na Bretanha, e de todos os outros dias felizes que o facebook me vai relembrando. O que me dava mesmo jeito era que me obrigassem a ficar em casa vários meses seguidos, para desbastar o arquivo de imagens e aproveitar algumas para contar neste blogue.

Ai, espera...




2 comentários:

jj.amarante disse...

Talvez já lhe tenha dito que quando as câmaras vídeo ficaram com preços acessíveis andava muita gente a gravar constantemente cenas do quotidiano. Nessa altura dizia-se também que não valeria a pena gravar mais do que metade do tempo em que se estava acordado porque a outra metade seria necessária para ver, pelo menos uma vez, o que se tinha gravado.

Helena Araújo disse...

hahahaha