O "date" do pato-real estava a correr muito bem. Enquanto almoçava com a moça, parava muitas vezes a olhar para ela, que comia deliciada. Às tantas - que eu bem vi - chegou o momento de "na tua casa ou na minha?"
Depois de uma certa hesitação puseram-se a caminho da casa dele.
E eis que do nada aparece outro pato, um macho, deslizando na água a toda a velocidade em direcção ao casalinho feliz.
Não chegou a haver violência, mas o clima que tinha estado a pintar despintou logo ali, e acabaram a ir cada um para o seu lado.
Um rude golpe na taxa de natalidade de patos-reais no meu lago.
Entretanto o panorama entre os galeirões também não é muito pacífico. Estes dois, por exemplo: um anda a roubar material de construção como quem não quer a coisa mesmo debaixo do bico dos patos-reais, para conseguir ter o ninho pronto a tempo de o usar como deve ser, e o outro aparece a rondar-lhe a obra, disfarçado de fiscal da ASAE, ou quê...
Por estes dias, o lago é um mundo de truques e violência.
Tenho de rever os meus preconceitos que em algum momento arrumaram a primavera na categoria de paz e amor.
1 comentário:
e assim comemoras o Dia da Poesia! que bom!
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