13 março 2021

"gralha"

A palavra de ontem na Enciclopédia Ilustrada era "gralha". Rimos muito, como não podia deixar de ser. Errare humanum est...

Sabiam de uma bíblia inglesa do século XVII onde faltava o "não" no sétimo mandamento? (Eu fiquei a saber ontem, e pensei logo no que falta àquela afirmação em latim: ...sed in errare perseverare diabolicum.) (Se Freud já fosse nascido em mil seiscentos e troca o passo, talvez pudesse explicar o lapso dos tipógrafos daquela Bíblia...)


O meu contributo:




Nos passeios pela floresta descobri a vantagem de ter uma mesa posta para os pássaros: é só ficar por ali de câmara fotográfica em riste, e esperar que eles venham almoçar.
Espertinha, resolvi pôr a mesa no terraço em frente à cozinha. Ia ser uma festa de pássaros de todos os feitios e cores ali mesmo à mão de fotografar.
Só que não. A comida ia desaparecendo, mas não via nenhum pássaro. Até que um belo dia descobri que estava a servir um festim às #gralhas que faziam debates animados no telhado da vizinha, e mal pressentiam movimento dentro da nossa casa se punham a voar a toda a velocidade. O autêntico: jantar na minha casa e arrotar na rua.
Parvas!

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Outra publicação (bem gostava que fosse minha, mas é da Cláudia Coimbra): A #gralha é aparentada do corvo e da pega. São os três da família Corvidae, que é quase como dizer que são todos da família Don Corleone, porque não parece terem grande apreço na sociedade dos humanóides. Usamos os nomes destes passeriformes para nos adjectivar: Estás uma gralha, és uma pega, aquele parece um corvo, traz a morte adiante dele. E depois temos ainda a pega-rabuda, a gralha-cancã e o corvo cornix. Mas são lindos, não são?

[Incluía imagens desses pássaros: pega-rabuda, gralha-cancã, corvo cornix.]



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