Primeiro veio o terramoto e pensámos que não era connosco. Depois veio o tsunâmi, e começaram a chegar notícias da catástrofe de #Fukushima. O mundo assistia com o coração nas mãos - será que aguenta? será que rebenta? - e cada país pensava nas suas próprias centrais nucleares, e nos riscos que representam para as populações e a natureza. De repente, Fukushima era um fenómeno real e próximo que podia acontecer no nosso quintal das traseiras.
Os políticos começaram a recuar no apoio à energia nuclear.
Sete anos depois, uma miúda sueca começou a fazer greve à escola às sextas-feiras, e dei comigo a pensar que, entre rebentar com o clima do planeta e rebentar "apenas" com algumas regiões...
2 comentários:
Recordo bem esse dia há dez anos, liguei o rádio e ouvi a notícia. Gosto muito do Japão e fiquei triste: outra vez, não chegou Hiroshima e Nagasaki? Que povo mais sofrido.
Era suposto estar feliz nesse dia, mas a verdade é que não consegui... e todos os anos penso nisso (é um pouco egoísta, eu sei) mas quem me mandou nascer a 11 de Março?
Estando a 100 km em linha recta de Almaraz, sempre que oiço falar em Fukushima fico um bocadinho preocupada, só um bocadinho...
Acho que estou a ficar medrosa (velha?), considerando que trabalhei dez anos dentro de um autêntico barril de pólvora (Sines) e nunca me preocupei com isso, embora soubesse o quão perigoso era (poderia ser) estar ali.
Enfim, habituam-nos a tudo, até a conviver com um vírus que nos virou a vida do avesso e que nem conseguimos ver...
Bom entardecer.
🌄
É verdade: habituamo-nos a tudo.
E isso pode ser um problema.
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