17 setembro 2020

os meus problemas de primeiro mundo

Regressámos à Bretanha de carro, passando por Chaves, mas sem tempo para visitar a cidade como ela merece. Passámos por Guérande, mas sem tempo para visitar a cidade como ela merece (sem tempo de ver com vagar e horror as cenas de tortura na igreja), porque tínhamos jantar combinado com a modiste do Joachim alguns quilómetros à frente (aprendi que modiste é o nome de uma pessoa que faz chapéus de senhora - mas a nossa modiste não se preocupa com esses detalhes de género). O jantar correu tão bem que saímos depois da meia-noite, e com a sensação de ter passado demasiado depressa. Só é pena as duas horas de viagem seguintes - a última etapa até Brest - terem passado demasiado devagar.

Fomos passar o fim-de-semana com amigos na sua casa de praia. Há décadas que queria dormir numa casa assim. Dormi com a janela aberta para ouvir o mar, mas por causa das ondas portuguesas tinha os ouvidos tapados e só ouvi um ronco que me pareceu vir da piscina.

Fui à igreja de Crozon ver o retábulo dos 10.000 mártires assassinados no monte Ararat, e estava a decorrer um ofício religioso, pelo que não pude ver com atenção e muito menos fotografar com o detalhe que queria. 

Trocaram o barco que estava estacionado por baixo da nossa janela por um bom naco de rio, e está lindíssimo. Agora que nos vamos embora, é? Humpfff!

Esta é a nossa última semana na Bretanha. Ontem fui a Prat-ar-Coum comprar as famosas ostras pela última vez desta estadia, e a ria estava cinzenta de nevoeiro. 

Ainda só estou a fazer as malas, mas já morro de saudades disto tudo.
Amanhã: Berlim!




















2 comentários:

jj.amarante disse...

Esse montinhos brancos na 1ª foto são de sal? Eles conseguem sal com o tempo que têm em que faz sol e depois chove todos os dias?

Helena Araújo disse...

São de sal, são!
Boa pergunta. Não tem chovido todos os dias - nem nada que se pareça! - mas como será que eles aguentam os montes de sal quando chove?