06 agosto 2020

em Brest como na Amazónia

Em Brest como na Amazónia: passaram golfinhos, e só lhes vi os anéis que deixaram na água.

Como hoje não é dia de São Tomé, não vou à procura das centenas de fotos que fiz desses anéis num rio da região amazónica boliviana, nem partilho a que fiz quando ouvi o "anda cá ver depressa, há golfinhos no rio" que o Joachim me gritou para a casa de banho. Ele estava a telefonar na cozinha, olhando distraidamente pela janela, e nem queria acreditar quando viu à sua frente golfinhos em animada folia.

Já na semana passada aconteceu o mesmo: a caminho da ilha de Ouessant, o piloto parou o barco para nos mostrar os golfinhos que andavam ali aos saltos. Mal eu olhei, os golfinhos deixaram de aparecer.

De modo que estou na dúvida: será que existem golfinhos, ou é mais uma teoria da conspiração? Andam-me a fazer gaslighting? Será que estes golfinhos são apenas o monstro de Loch Ness que volta e meia vai de férias para os mesmos lugares que eu?

(Mais um bocadinho, e estou capaz de acreditar que a terra é, sei lá, quadrada)


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