«A
arte não se ocupa da felicidade? Quem disse? A felicidade não é apenas a
euforia, e a euforia ruidosa. Pierre Bonnard, que acreditava na
pintura, na natureza e na mulher, passou a vida inteira a representar,
ou antes, a imaginar de novo, a pequena felicidade do visível. Uma
felicidade discreta mas exigente, quotidiana mas altíssima. Que passa
mas que sobrevive nos quadros, visível e enigmática. Uma felicidade que
se contenta com pouco porque esse pouco é muito. Que acredita naquilo
que vê porque vê aquilo em que acredita.»
«Imagens Imaginadas» reúne as crónicas que Pedro Mexia escreveu na última década acerca de quadros, exposições, pintores, fotógrafos. Imagens que formaram o nosso imaginário e a nossa imaginação.
O lançamento é já no próximo dia 3 de Dezembro, às 18h30. A entrada é livre.
--
Sabem aquela anedota "como é que se faz uma pequena fortuna?"
(É assim: Como é que se faz uma pequena fortuna? / Tem-se uma grande fortuna e abre-se uma editora.)
Pois, para mim a Tinta da China é mais isto: como é que se troca uma pequena fortuna por muitos tesouros?
De cada vez que recebo um convite deles para um novo lançamento, o dinheiro na minha carteira faz-me cenas de ciúmes, "Trocas-me pelo primeiro que te aparece à frente! Nem sabes como é que se escreve a palavra lealdade, quanto mais amor!"
E então eu ergo a cabeça, muito digna, e atiro: "Não é o primeiro que me aparece, e não é um qualquer. Isto é a Tinta da China e mais o Pedro Mexia. Quem resiste?"
«Imagens Imaginadas» reúne as crónicas que Pedro Mexia escreveu na última década acerca de quadros, exposições, pintores, fotógrafos. Imagens que formaram o nosso imaginário e a nossa imaginação.
O lançamento é já no próximo dia 3 de Dezembro, às 18h30. A entrada é livre.
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Sabem aquela anedota "como é que se faz uma pequena fortuna?"
(É assim: Como é que se faz uma pequena fortuna? / Tem-se uma grande fortuna e abre-se uma editora.)
Pois, para mim a Tinta da China é mais isto: como é que se troca uma pequena fortuna por muitos tesouros?
De cada vez que recebo um convite deles para um novo lançamento, o dinheiro na minha carteira faz-me cenas de ciúmes, "Trocas-me pelo primeiro que te aparece à frente! Nem sabes como é que se escreve a palavra lealdade, quanto mais amor!"
E então eu ergo a cabeça, muito digna, e atiro: "Não é o primeiro que me aparece, e não é um qualquer. Isto é a Tinta da China e mais o Pedro Mexia. Quem resiste?"
(Escrevo estas coisas só porque me brotam assim do coração, que não me
pagam para isto, e se me pagassem podem crer que os disparates não me
saíam com esta naturalidade (por estas e por outras é que nunca hei-de
fazer carreira como influencer), mas depois pensei que até dava jeito se
me fizessem um desconto ainda mais simpático na meia palete de "às
vezes são precisas rimas destas" que vou encomendar hoje. Só que logo a
seguir caio em mim, lembro-me daquela anedota "como é que se faz uma
pequena fortuna?", ganho vergonha, agradeço muito o desconto que já me
fizeram, e adiante.)
(Querido Pai Natal, este ano portei-me muito bem, comi praticamente todas as sopas que cozinhei, e quase não arreliei nenhuns meninos, excepto os que mereceram mesmo.)
(Querido Pai Natal, este ano portei-me muito bem, comi praticamente todas as sopas que cozinhei, e quase não arreliei nenhuns meninos, excepto os que mereceram mesmo.)
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