(lembro-me de cada coisa!

(escusam de responder - assim como assim, ninguém deste grupo lia a Fagulha)
Depois a hospedeira deu um grande elogio ao miúdo, e ele percebeu que cumprir o seu dever é mais importante que saborear a primeira viagem de avião.
Li a Fagulha, mas não aprendi nada daquelas histórias tão edificantes. E foi justamente num avião que se passou uma das histórias de que mais me envergonho na vida. Estava a fazer a minha primeira viagem em business, no tempo em que a minha empresa dava esses luxos até a simples tradutores, e vi entrar no avião um senhor muito debilitado, que praticamente era carregado em braços por duas familiares. Estas pediram à hospedeira se ele podia sentar-se logo ali, porque não tinha forças para ir até atrás, e a hospedeira, no meio da secção business com muitas cadeiras vazias, respondeu: "comprou económica, é lá que se vai sentar".
"Oferece-lhe o teu lugar!", ordenou-me o tal maldito inquilino (estou a citar não sei quem da Mafadinha). Mas eu, ai e tal, tenho vergonha de armar aqui uma cena destas, só de pensar nisso já corei, e depois estava tão contentinha por experimentar como é em business, e entretanto o senhor já estava quase a chegar ao seu lugar e era demasiado tarde.
O tal maldito inquilino está de mal comigo desde então.
2 comentários:
"Ninguém deste grupo lia a Fagulha": olhe que não...
Não conheço a Fagulha, mas sei bem quem é esse famoso "inquilino". Eu também carrego o meu, que às vezes me prega dessas partidas.
Mas a melhor maneira de o derrotar é nunca ficar a pensar naquilo que se passou, mas estar muito, muito atento, para que não se volte a repetir. Pelo menos pela mesma incapacidade de agir, ou reagir, a tempo.
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