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Amigos, boas notícias: somos poderosos!
Por exemplo, ontem: no dia em que a palavra mágica era "tropical" fui à Filarmonia, abri o programa - e que vejo? Publicidade a uma exposição em Berlim sobre "Roberto Burle Marx: modernismo tropical". Eis portanto a contribuição da Filarmonia de Berlim para a palavrinha do dia (ahem, enquanto não põem a de hoje).
Roberto Burle Marx (1909–1994) é autor do famoso passeio de Copacabana. E de muito mais, mas comecemos pelo princípio: os artigos nos jornais alemães que li, a propósito desta exposição, dizem que era um homem da Renascença no séc. XX - arquitecto paisagista, pintor, escultor, cenógrafo, designer, ecologista e cantor. Nos seus 60 anos de actividade criou mais de dois mil jardins e descobriu em expedições quase 50 novas espécies botânicas. Filho de um judeu alemão e de uma brasileira, foi numa estadia na Berlim dos anos 20 que contactou pela primeira vez com o expressionismo alemão e descobriu o interesse pelas plantas tropicais, desprezadas num Brasil ainda sob o efeito de modelos colonialistas. Decidiu revolucionar a arte de fazer jardins no seu país, introduzindo as plantas autóctones.
Mais tarde começou a aplicar os princípios da pintura abstracta aos seus jardins. Telas abstractas enriquecidas com uma terceira dimensão (a altura) e várias outras (a luz, a textura, o passar do tempo, o crescimento e o ciclo de vida das plantas): o jardim como escultura abstracta viva.
Juntamente com os arquitectos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, criou os caminhos de modernidade que deram um rosto característico a cidades como Brasília e o Rio de Janeiro.
Um exemplo de uma inovação sua que agora se vê em inúmeros campos de futebol: ervas de cores diferentes no parque Burle Marx em São Paulo:
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Procurem no google imagens por "Roberto Burle Marx" - é um fartote de beleza e surpresa!
[Provavelmente já deu para reparar que até ontem à noite eu nem sabia que este homem existia... Shame on me, pronto, é uma triste vida.
- Aprende-se muito na Filarmonia, é só o que vos digo ]
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