13 agosto 2017
a mulher da gadanha
Triste sina: antes das férias tento fazer tudo o que andei a procrastinar nos dias (e anos) anteriores. Uma correria.
Por exemplo: na véspera de sair para Portugal, em princípios de Julho, lembrei-me que tinha de plantar as dálias. Ou isso, ou podia dizer adeus à minha bela colecção de dálias de meter na terra no princípio do verão e tirar antes de chegar o gelo. Estava um calor insuportável, e eu sem tempo sequer para abrir buracos fundos, quanto mais para mergulhar os bolbos em água, esperar até ficarem bem empapados e plantar depois. De modo que passei uma ou duas horas a trabalhar no jardim num stress desesperado, convencida que não estava a plantar dálias - estava a enterrá-las.
Ora bem: Deus existe, podem crer. Mandou meia dúzia de dilúvios finais para Berlim, que empaparam os bolbos na terra o suficiente para a maioria deles sobreviverem.
Agora que estou prestes a sair para algumas semanas nos EUA, lembrei-me que a relva tem de ser cortada. Como já está demasiado grande, o cortador de relva já não dá conta do recado. Tenho andado de gadanha furiosa no jardim, convencida que não estou a cortar a relva - estou a decepá-la.
A ver como é que Deus se desenrasca desta vez...
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