Na
minha família, pouco depois do 25 de Abril, os filhos demitiram o pai.
Foi numa manhã de sábado - os pais a dormir, e nós a inventar tropelias.
Fizemos um documento muito oficial, a anunciar que demitíamos o ditador. No parágrafo seguinte ele era eleito nosso pai, por nossa livre vontade. No fim, assinámos todos.
Para que ficasse claro que só era nosso pai porque nós assim o queríamos.
Depois fomos em fila festiva, com som de fanfarra e tudo, acordá-lo e entregar-lhe o documento emanado do povo.
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Bem sei que agora se vão rir e dizer "síndroma de Estocolmo". Oh, calem-se!
Fizemos um documento muito oficial, a anunciar que demitíamos o ditador. No parágrafo seguinte ele era eleito nosso pai, por nossa livre vontade. No fim, assinámos todos.
Para que ficasse claro que só era nosso pai porque nós assim o queríamos.
Depois fomos em fila festiva, com som de fanfarra e tudo, acordá-lo e entregar-lhe o documento emanado do povo.
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Bem sei que agora se vão rir e dizer "síndroma de Estocolmo". Oh, calem-se!
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