Trago do Eduardo Pitta:
OS DOIS STEPHEN
Trump, o Presidente, é a mão que assina as decisões de Stephen Bannon e
Stephen Miller. Nunca ouviu falar deles? Convém saber quem são. Ambos
estão dispostos a subverter a ordem constitucional americana.
Stephen Bannon, 63 anos, militante da ala direita do Partido
Republicano, foi nomeado anteontem Chief Strategist da Casa Branca e
membro permanente do Conselho de Segurança Nacional. É o homem mais
influente da actual administração americana. Dirigiu a campanha de Trump
e agora está no comando do país (isto não é uma metáfora). Proprietário
e CEO da Breitbart News Network, website de extrema-direita
fundado em 2007, defende posições que fazem de Marine Le Pen uma menina
de coro. A Breitbart não fica pelo proselitismo xenófobo, pró-Vida,
anti-gay, anti-ecologista, ou pela defesa da supremacia branca e
doutrinas afins. Para defender os seus pontos de vista, a Breitbart
inventa notícias em que milhões de americanos acreditam. Oriundo da working class
irlandesa, católico, Bannon serviu na Marinha e foi banqueiro na
Goldman Sachs antes de fundar o seu próprio banco. Tem um diploma de
Harvard em economia. Acusado de violência doméstica, encontra-se
divorciado da terceira mulher. Define-se a si próprio como um
nacionalista branco.
Stephen Miller, 31 anos, militante da ala direita do Partido
Republicano, oriundo de uma família judaica de tradições liberais
filiada no Partido Democrata, foi nomeado assessor-principal do
Presidente no passado dia 20. É um acérrimo defensor e legislador da
política anti-imigratória. Redigiu o discurso da tomada de posse de
Trump e foi quem propôs a ordem executiva de sábado passado que impede a
entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países muçulmanos. Tem
um diploma de Duke em ciência política.
Ao pé deles, Karl Rove, o controverso e todo-poderoso chefe de gabinete de Bush, é um príncipe da Renascença.
2 comentários:
Infelizmente para eles, penso que nasceram no País errado.
Felizmente para nós, muito em breve irão descobrir isso.
Quero muito acreditar nisso.
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