09 fevereiro 2017

"Django" - Berlinale 2017



Pensava que ia ver um filme sobre o guitarrista Django Reinhardt e que ia saborear mais uma vez a sua bela música, mas enganei-me. Não é um filme sobre o músico, é sobre um cigano e a sua família alargada apanhados no turbilhão do ódio nazi. Parte de uma história inventada à volta do famoso músico para tematizar o Porrajmos: o genocídio dos ciganos durante a segunda guerra mundial.
Mais de setenta anos depois do fim da guerra, começava a ser tempo de o cinema dar a este tema o realce que ele merece. A Berlinale 2017 começa muito bem.

Gostei muito do Django feito por Reda Kateb, e da mãe do músico feita por Bim Bam Merstein.
A história está bem construída, e resulta numa homenagem muito digna às vítimas do povo cigano.
Como seria de esperar a música do filme é muito boa, e termina com uma peça surpreendente e tocante.

(Não fui para a bilheteira às cinco da manhã, que eu sou maluca mas não sou tola, ou vice-versa, conforme o dia. Consegui vê-lo na sessão para a imprensa - e foi por um triz, e foi porque havia tanta gente para ver que abriram outra sala para conseguir acomodar todos. Mesmo assim, alguns ficaram à porta.) 


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