Pina Bausch e a dança-teatro - últimos dias da exposição em Berlim
Ando há meses para ir ver a exposição da Pina Bausch no Gropius Bau. Por
sorte esta tarde o Matthias telefonou-me da cidade a avisar que ia para lá, e
depois ligou outra vez a dizer que me tinha arranjado uma reserva para o
warm up com um dos bailarinos ligados ao Tanztheater Pina Bausch. De modo que eu deixei-me da procrastinação do costume e fui
para o centro a toda a velocidade (enfim, à velocidade a que a neve e o
gelo permitem). E voltei para casa a pensar que sou muito palerma:
estava a preparar-me para perder esta exposição, perdi os workshops (estão esgotadíssimos) e ia
perder também estes warm ups.
A exposição é boa, e o Lichtburg (o velho cinema de Wuppertal onde a companhia ensaia) que recriaram no pátio do Martin Gropius Bau é um espaço fenomenal. No coração da exposição, esse é o local onde as pessoas se apropriam da dança, ou a dança se apropria das pessoas, em workshops, warm ups e ensaios profissionais.
Hoje estive em dois warm ups, ambos com o Kenji Takagi. O bailarino pega em 35 pessoas de todas as idades e com níveis muito diferentes de experiência de dança, e em 45 minutos põe-nas capazes de se escutar a si próprias, de deixar que o corpo as exprima, e de improvisar com todos os outros uma dança surpreendentemente bela.
Já anotei o horário dos próximos warm ups. Provavelmente vou passar lá o sábado inteiro: maravilhada.
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