18 dezembro 2016

nós e eles

Esta manhã cruzei-me com este texto que escrevi há oito anos:

"Ao ouvir hoje rádio, pela manhã, a Christina ficou a saber que que vão libertar um terrorista empedernido da RAF, e ele vem morar para Berlim.
Veio contar-me, um bocado aflita, e sosseguei-a logo: o irmão desse terrorista era da turma do Joachim, e a mãe era a professora de matemática.
E mais: o pai de uma amiga dela, do tempo do infantário, viveu numa república de estudantes que estava sempre aberta a todos. Era um tal entrar e sair de amigos, que ele nem se dava ao trabalho de reparar bem neles. Mas depois, repentinamente, a república implodiu. Foi só aí que ele se deu conta que os seus colegas de apartamento tinham ligações à RAF, e os que entravam e saíam eram terroristas em busca de abrigo.
Em suma: ele que venha para Berlim, já temos larga experiência de terrorismo..."


Há cerca de três décadas havia na Alemanha terroristas que nasceram no seio da classe média e viviam misturados com a população. A ver se me lembro disso quando estiver a falar dos terroristas islâmicos, e de os muçulmanos não "parecerem interessados em resolver o problema".

1 comentário:

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...


Já tinhas muita razão há oito anos...

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Nota do Editor: RAF = Fracção do Exército Vermelho (sigla em Alemão), vulgo Grupo Baader/Meinhof. :-)

Em Português comum, a RAF costuma ser a Real Força Aérea Britânica (onde não é frequente albergarem-se Terroristas, mas onde em tempos pontificou o luso-inglês Major Alvega...)!