Por estes dias, ao passear com ele no lago, dou-me conta de que me está a acontecer o mesmo. Já nem levo a máquina fotográfica. Para quê? Tenho a sensação que a paisagem das minhas redondezas já deu todas as fotografias que tinha para dar. Mais nenhuma folha de Outono será novidade, nem mesmo se estiver debruada a gelo. Mais nenhuma ondulação no lago conseguirá surpreender ou encantar mais do que já surpreendeu e encantou.
Daqui a umas horas saio para os habituais quatro dias de Outono junto aos Alpes franceses, e levo a máquina fotográfica. Mas algo me diz que não a vou usar. Não sei que mais tirar daqueles montes e da luz das suas madrugadas.
Tanto melhor. Mais tempo sobra para as conversas com os amigos. Essas sempre novas, sempre renovadoras.
Até já.
1 comentário:
Que saudades de todas essas cores de Outono, sobretudo dos amarelos torrados e dos verdadeiros encarnados. Diz-me o meu filho mais velho que por aí vive (mais concretamente em Basel) que lhe faz falta à luz que só por aqui, por Lisboa, existe. Enfim, confusôes entre saudade e bem estar...
Bem haja.
Luiz
Enviar um comentário