22 setembro 2016

roteiro



É muito fácil chegar ao nosso apartamento: avança-se entre o fontanário e a catedral, chega-se a um pórtico que deve ser do Cinquecento e vira-se à esquerda, desce-se umas escadas suavíssimas em curva, outra vez à esquerda, depois à direita uns três séculos para trás, atravessa-se um túnel em abóbada sob uma insula romana, vira-se para um beco estreito e rodeado de casas muito altas, e mesmo antes de chegar ao séc. XVII ou XVIII entramos na porta para o apartamento que deve ter sido dos etruscos, e esta semana é nosso. É amoroso, com a sua mistura de arquitectura moderna e pedras milenares, mas a verdade é que na primeira noite, na cama junto a um arco baixo de tijolos, sob as faixas paralelas abobadas, pensei que se houver um terramoto por estes dias ainda vou parar a um estudo de estratigrafia arqueológica, com o nome de "velha etrusca".  

A Christina disse que não vai haver terramoto nenhum esta semana, de modo que parece que ainda não é desta que me torno famosa.

  

 












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