Respondeu-lhe Jesus: o reino dos céus é comparado a uma mulher que, ao saber que o preço de um carro alugado cinco semanas na época alta ia para cima de 1200 euros, emprestou um carro à sua amiga e não aceitou dela um único tostão. Então aquela amiga, prostrando-se, a reverenciava e muito agradecia. Encontrando-se as duas, porém, a beber um café no momento da devolução do carro, passou uma cigana e pediu uma esmola, e a que acabara de louvar a generosidade da amiga pôs automaticamente cara de "não me incomode". A amiga que emprestara o carro deu também uma esmola à cigana, e continuou a falar como se nada se tivesse passado. Nem exigiu à outra 1200 euros pelo aluguer, nem nada.
Moral da história: há ateus (ou agnósticos, outro dia pergunto) que fazem parábolas ainda melhores que as que os evangelhos contam.
(Estou a morrer de vergonha desse euro que não dei.)
2 comentários:
Confesso a minha eterna dúvida: como agir perante uma idêntica situação (é a velha história dos arrumadores nos parques públicos: há quem estacione dê esmola (meu hábito) e há quem fuja do estacionamento "vigiado" só para não ser incomodado).
Uma resposta é tentar pôr-se na pele dessas pessoas. Se fosse eu a estar do outro lado, como gostaria de ser tratada?
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