24 fevereiro 2016

há muito tempo que não dou música neste blogue

De momento, é o bailado Sheherazade, de Rimsky-Korsakov que toca em repeat. Se tivesse uma bucket list, escrevia mais uma linha: ver este bailado num palco, interpretado por uma boa companhia.
Sem bucket list, o desejo suspende-se num lugar difuso.
Tanto melhor: em vez de riscar de uma lista, vou-me deixando surpreender pela vida, e acrescentando à página da alegria.




Ontem fui ao Lunchkonzert na Filarmonia. Era um almoço de negócios, que os meus parceiros são do melhor, combinam almoços de negócios na Filarmonia (mais uma coisa que nunca escreveria numa bucket list, e me dá uma cor feliz à vida).

Começou com Tristia, de Vallée d'Obermann, de Franz Liszt. Eles a tocar, e eu a chorar copiosamente, porque ainda estou com a Berlinale flu, e tentava controlar a tosse de tísica.
Ia apanhando uma desidratação com tanta lágrima, mas ganhei: nem uma tossidela.

A peça é maravilhosa. Pode ser ouvida aqui.
Mas acaba depressa demais. Bem podia continuar assim durante cinco horas. AquiMais uma vez. E outra. E outra. E outra. E outra.

Depois de Liszt, Robert Schumann: trio para piano nº 1 em ré menor op. 63. Partilho o terceiro andamento, o meu favorito, numa versão com ruído, mas com a alma toda de músicos excelentes:




E que mais? Ah, já me esquecia: o almoço de negócios correu bem.


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