21 janeiro 2016

Strauss, Neuenfels, Metzmacher


(foto: Monica Rittershaus)



(foto: Monica Rittershaus)


Mudam-se os tempos, mudam-se os enfants terribles.
Na Ariadne auf Naxos que vi ontem, o Hans Neuenfels ganhou juízo. Já não se pode confiar em ninguém? Enfim... ainda há o Calixto Bieito, talvez a saudável loucura do mundo não esteja completamente perdida.

A encenação, de gestos precisos e adereços tão discretos como intemporais (encenar o novo-riquismo com um multibanco numa parede de betão já podia ser um clássico, não?), alarga o espaço da música de Strauss e deixa-a brilhar na sua beleza. Uma beleza e um equilíbrio para os quais muito contribuiu o trabalho do maestro Ingo Metzmacher.

Do elenco, retive três nomes: Brenda Rae, Marina Prudenskaya, Roman Trekel.

Para o futuro, uma decisão de ano novo: vou andar mais atenta às produções da Staatsoper.
(A Filarmonia que não saiba disto.)
(Se tiverem tempo, entrem neste link, onde se pode ter um ideia do que a Staatsoper fez nos últimos 5 anos)


1 comentário:

Paulo disse...

Encenar o novo-riquismo com um multibanco numa parede de betão é coisa que já não aguento... :) Mas a música da Ariadne é maravilhosa. Vi uma vez em Lisboa, há muitos anos, com uma colecção de cantores estupenda.