28 janeiro 2016

dando agora a palavra à Dinamarca

Recebi no facebook um texto onde se explica a posição da Dinamarca. Divulgo-o aqui, por me parecer bastante esclarecedor. Mas faço-o com uma ressalva, porque há nesta argumentação algo com que não posso concordar: um refugiado pobre é muitíssimo mais frágil que um dinamarquês pobre. O dinamarquês tem, apesar de tudo, uma história e uma rede social no seu país. Tem amarras. O refugiado não tem nada. Não basta dar-lhe casa, pão, educação e saúde. É preciso ter sensibilidade e empatia para perceber o estado de alienação absoluta em que se encontra.

(E uma segunda ressalva: o inglês parece aquele das cartas do advogado do nosso primo que morreu na Zâmbia e nos deixou uma herança de vários milhões, mas dá para entender o essencial.)

 «Well, because I read many unrelated to rush to accuse Denmark regulating voted to confiscate the money immigrants over EUR 1,200 to finance their stay in the country should be aware of all that:
-> Denmark has the same setting for all Danish citizens claiming / eligible for assistance from the state.
-> For example, when a Danish citizen wants to get unemployment benefits from the state (not by professional fund), the state wants to liquidate all assets that arthrizoun amount over 1200 euro.
-> So if you have deposits over 1200 euro, is not entitled to assistance from the state.
-> If you have a car, own house etc. NOT entitled to state aid.
-> The help goes only to whoever does not have anything over 1,200 euro as the purpose is to help really poor.
-> In this case, give them shelter (a small apartment), unemployment benefits, help for children, education for work etc.
-> The same applies to immigrants and refugees.
-> The setting passed essentially passes the conditions applicable for Danish citizens and refugees.
-> The money is not confiscated, they do not go to the Danish state, but EXCLUSIVELY used to finance the refugees who have neither the 1200 euros with them. One more thing:
-> The benefits gives refugees the Danish state include:
- Provision of housing (furnished apartment with heating, clothing and food)
- Providing comprehensive health care
- Living allowance equal to the basic unemployment benefit
- Child allowance
and many others which are the same as those offered by the State for all Danish citizens have no means to support themselves.
Please much then, before rush to play the stupid who believe that a country with a strong welfare state and widespread social sensitivities which for years receives immigrants from many Muslim and African countries, offering them equal opportunities and benefits as other citizens, suddenly went mad and became a massive neo-Nazi, show a little attention and learn better.»


4 comentários:

IsabelPS disse...

Para mim, há outra coisa estranha no sistema em geral: como é possível presumir que uma pessoa que tem 1200 euros no banco (na Dinamarca!), ou um carro, não precisa de ajuda para a small apartment, unemployment benefits, help for children, education for work etc. Parece-me uma desproporção muito grande entre as duas coisas.

Helena Araújo disse...

Quando tiver menos de 1200 euros no banco, já tem direito a receber ajuda do Estado para tudo o que for preciso.
Quanto ao carro, resolve-se depressa: vende-o, e gasta o dinheiro até só sobrarem 1200 euros no banco (esses, pode continuar a ter), e a partir daí já recebe ajuda para tudo o que for preciso.

IsabelPS disse...

Continua a não fazer muito sentido para mim. Mas talvez faça para os dinamarqueses.

Helena Araújo disse...

Parece-me que é para ver de outra forma: independentemente do que seja necessário para viver na Dinamarca, quem recebe ajuda do Estado só pode guardar 1200 euros. O restante tem de ser usado para pagar as suas despesas.