07 julho 2015

Maria Barroso



(desculpem o jingle inicial e final...)

Para além de tudo o que os jornais escrevem (muito boa, esta homenagem da Fernanda Câncio), e desta funda gratidão de ter mostrado que é possível caminhar nos tempos, em todos eles, de cabeça erguida, devo à Maria Barroso o Teixeira de Pascoaes.

Bem sei que, na vida dela, foi um detalhe insignificante. Mas hoje, ao saber da sua morte, lembrei-me desse momento, na casa do Teixeira de Pascoaes, em Amarante. Ela estava no centro da belíssima cozinha de pedra, em pé, e à sua volta um grupo enorme de pessoas. Eu mal a conseguia ver. Mas ouvia a sua voz firme e encantada, a transformar em música e sentido o que até então, para a adolescente que eu era, não passava de versos sem graça de um romântico.

A Maria Barroso era um desses seres privilegiados que sabem passar a luz.



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