11 maio 2015
conclave em Berlim (2)
Acabei de ler: os músicos estão fechados numa igreja. Se era preciso mais semelhanças com um conclave...
Parece que está a ser difícil. Já houve várias votações, mas a previsão de que o novo maestro seria anunciado às duas da tarde saiu furada. Talvez ao princípio da noite. O canal ZDF diz que na corrida estão Andris Nelsons, Gustavo Dudamel, Christian Thielemann e Daniel Barenboim, mas fala sobretudo de Nelsons e Thielemann. Vou ali pôr umas velinhas para que não seja o Thielemann, e já volto.
A Spiegel sugere mais alguns candidatos: Mariss Jansons, Kirill Petrenko, Yannick Nézet-Séguin, Riccardo Chailly, Teodor Currentzis. Hum...
De alguns deles nem o nome conheço. Se for um desses que ganhar, vou-me ver aflita para parecer muito bem informada no espaço de dois minutos. Como daquela vez que a Herta Müller ganhou o Nobel, ou quando no facebook desata toda a gente a ripar e a wikipedia se põe mais lenta justamente nesse verbete.
(Às tantas isto está a demorar tanto porque os músicos também não conhecem os maestros sugeridos pela Spiegel, e estão no youtube e na wikipedia a fazer contas de cabeça para não deixar ficar mal esta revista tão respeitada.)
(roubei a foto da Jesus-Christus-Kirche, em Dahlem, ao Paulo Almeida, que dantes costumava ilustrar-nos com o seu Valkirio, mas agora não sei que lhe deu - recuso-me a fazer um rip pelo Valkirio, ouviste, Paulo?)
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4 comentários:
Bem sei que estou longe de ser uma melómana mas a única coisa que esses nomes adicionais me dizem é que são todos homens...
Pois é...
Na própria orquestra há muitos mais homens que mulheres.
Mas quantas maestrinas (maestras? maestros?) conheces com carreira que as habilite a ocupar este lugar?
De facto, eu não conheço mas também não conhecia nenhum dos nomes sugeridos pela Spiegel (excepto o Chailly) mas, pela pesquisa (limitada) no google e youtube que fiz desses nomes, também não acho que alguns tenham feito uma carreira que os habilite para ocupar este lugar mais do que, por exemplo, Susanna Mälkki.
Susanna Mälkki especializou-se sobretudo em música contemporânea. Para ocupar este lugar tinha de ser *também* a non-plus-ultra no repertório clássico da orquestra: desde Bach aos românticos.
Uma amiga minha diz que mais valia terem um maestro para cada tipo de música. Eu não tenho bem a certeza: o maestro é também o rosto da orquestra, e melhor seria (digo eu) não parecerem um bicho de três cabeças.
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