Levantei-me cedo para levar o Fox à rua antes de sair para o ensaio geral na Filarmonia. O Matthias, que ia controlar as entradas, bateu-me à porta da casa de banho: que havia muita neve, que não convinha ir de bicicleta no nosso bairro ainda por limpar, e se eu o podia levar de carro a uma avenida mais central, para ele continuar depois de bicicleta. Vesti-me rapidamente, saímos a toda a velocidade que a neve permitia (mais valia desligar o motor e empurrar o carro...). Mesmo nas avenidas centrais havia demasiada neve, pelo que o levei à Filarmonia, que estava lindíssima no meio da neve e a brilhar ao sol, e voltei para casa o mais depressa que o piso deslizante permitia. Juntei o restante pessoal, e lá fomos para o ensaio geral.
(Na próxima vida posso ser condutora de táxi. Ou... alto! pensando bem, parece que é o que me calhou ser nesta.)
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Por volta dos seus quatro anos, andava o Matthias numa pré-escola Montessori, veio ter comigo e começou a dizer, muito concentrado: "há unidades, dezenas, centenas, milhares, milhões e zilhões. Zilhões é mais do que eu posso contar, e é quanto gosto de ti"
(sim: foi o momento mãe muitíssimo babada e por muitos motivos)
O Menahem Pressler a tocar o adágio do concerto nº28 para piano de Mozart foi um zilhão: muito mais do que posso contar.
O abraço que ele e o Simon Rattle deram, também.
Seria boa ideia instalarem um desumidificador na Filarmonia, nunca se sabe, as madeiras e assim...
Este concerto vai ser transmitido em directo pela ARD amanhã, dia 31, às 17:35 (ora alemã; 16:35 em Portugal). O Menhaem Pressler é imperdível. O resto do concerto é apenas o altíssimo nível a que os filarmónicos nos habituaram.
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