A arrumar as últimas caixas da mudança (enfim, isso é que era bom, que fossem as últimas, triste vida...) descobri uma cassette que uma amiga deu aos nossos filhos pouco antes de nos mudarmos para os EUA. Imbuídos de um grande sentido de dever, levámos logo a cassette para o carro, para a ouvir em todas as viagens com os miúdos. Estávamos preparados para tudo suportar, de modo a facilitar-lhes o mais possível a mudança para outro país e outra língua. Bem: não foi preciso suportar muito. Pelo contrário: ao fim de duas ou três cantilenas, estávamos rendidos aos jazz chants. Uma maravilha de ritmo que dava vontade de sing along. Durante umas semanas fomos a família von Trapp do jazz falado.
Fui procurar no youtube algumas das cantilenas que ainda sei de cor, e descobri um vídeo no qual a autora conta como surgiu a ideia. Lembrou-me a Adriana Calcanhotto, quando disse que para o seu álbum "o Micróbio do Samba" se inspirou nos sons da rua, porque tudo é samba.
(E que tal a Adriana Calcanhotto fazer um "falar samba para crianças", para ensinar o português do Brasil?)
(Passo a vida a descobrir nichos de mercado, mas é sempre para os outros...)
(Ora aí está outro nicho de mercado: inventar nichos de mercado para os outros. Finalmente vou ficar rica!)
(E agora com licencinha, vou parar aqui com os disparates e tratar antes de coisas sérias. Estou atrasadíssima com a leitura dos jornais: já são horas do lanche e ainda não sei o que deram hoje de almoço ao Sócrates.)
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