Encho uma caixa a pensar na solução para os roupeiros. Vou à internet ver preços de portas de correr. Encho outra caixa, lembro-me que ainda não encomendei a parte da cozinha que vem de Portugal, telefono para Portugal. Encho mais uma caixa. Diapositivos, já vou em quatro caixotes de diapositivos! Quando é que vamos ver todos estes diapositivos? Caixa seguinte. Olha um livro emprestado - toca a escrever ao dono, a ver como faço para devolver. Outra caixa. Ai, é preciso reservar o restaurante para hoje à noite. Duas caixas, deixa cá ver como vai ser a cozinha do Matthias, deixa cá ver se o Mike já lá foi colar o azulejo que falta para podermos pôr os móveis. Mais uma caixa, olha olha, aqui está o meu disco externo de segurança, que guardo escondido dos ladrões porque tem as nossas fotografias, deixa-me cá pôr a gravar as dos últimos dois anos. Onde diabo estará o cabo do disco? Estes são os dos telemóveis, não servem. Ah, espera, é o mesmo da impressora - esse não, o outro. OK, deixa-o lá a contar os gigas, e no entretanto mais uma caixa. 2013, setenta e um gigas, quando é que vamos ver todas estas fotografias? Pronto, já está, tem para duas horas. Volto às caixas. Será que já temos água em casa? Tenho de perguntar, e depois tenho de arranjar quem vá limpar a casa este fim-de-semana. Caixa seguinte.
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Intervalinho: a filha do Tolan, que tem oito meses e mal sabe dizer "mamã" e "papá", diz "carrega, Benfica!" com todo o entusiasmo. Tão querida! Não sei se soube escolher bem o clube, mas, coitadita, aos oito meses ainda se é muito dependente dos pais e não se tem grande margem para escolher em liberdade. Em todo o caso, eu, se fosse aos senhores do Benfica, dava-lhe já o cartão de ouro, ou a medalhinha, ou o terço, ou lá o que é. Merece.
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