23 abril 2014

onda boa

Continuamos rodeados de uma onda de boa vontade. A Armenian Navy Band fez um concerto suplementar na data em que nos dava mais jeito para as filmagens - e no fim ainda nos ofereceram uma garrafa de cognac arménio e um duduk! Um antigo professor universitário combina por telefone encontro connosco, para uma entrevista, e diz alegremente "vai-me reconhecer sem dificuldades: tenho 92 anos, vou ser o homem mais velho naquela praça". Vai ser o mais simpático, suspeito eu.
Falo em francês com o director de uma televisão, para pedir imagens de arquivo, em inglês com o director do Quarteto Komitas, que nos vai arranjar uma sessão especial com os músicos, em alemão com guias do museu dos livros antigos e o museu de História. Neste último assisto a uma visita guiada em russo. Perco-me entre os painéis em arménio e as explicações em russo, os objectos de uma riquíssima cultura e as imagens das sucessivas destruições - percorro as salas desamparada. Hoje regressarei a esse museu com rede segura: oferecem-me uma longa visita guiada, em alemão.

Está um dia formidável: céu límpido, o Ararat muito nítido na minha janela. Olhei-o com alegria, pensando na frase de um velhinho que entrevistámos: "o Ararat é como um filho, todos os dias espreito para ver se está bem, e digo-lhe bom dia".


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