28 maio 2013
o oitavo sacramento
“Pensai numa mãe-solteira que vai à Igreja, à paróquia e diz ao secretário: Quero baptizar o meu menino. E quem a acolhe diz-lhe: Não tu não podes porque não estás casada. Atentemos que esta rapariga que teve a coragem de continuar com uma gravidez o que é que encontra? Uma porta fechada. Isto não é zelo! Afasta as pessoas do Senhor! Não abre as portas! E assim quando nós seguimos este caminho e esta atitude, não estamos a fazer o bem às pessoas, ao Povo de Deus. Jesus instituiu 7 sacramentos e nós com esta atitude instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral.”
(daqui)
Este Papa Francisco, este Papa Francisco...
Ainda bem que o Ratzinger (o famoso prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé) ainda está vivo, porque, se tivesse morrido, a esta hora estava a dar voltas na tumba - e essa deve ser a maneira mais desconfortável de estar na eternidade.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Isso aconteceu comigo, onde moro por não ser casada e o pai não estar presente, na aldeia ao lado porque o padrinho não tinha feito o crisma... Felizmente há mais igrejas, mais padres e a 'lei' não é igual para todos. Ainda assim sei de casos onde os pais desistiram pelos entraves que a própria igreja colocava
Que vergonha!
Casos assim não conhecia, mas outros igualmente vergonhosos: divorciados que casam novamente, têm filhos, e são tratados como párias.
Gostei particularmente da passagem "esta rapariga que teve a coragem de continuar com uma gravidez". Finalmente alguém para aqueles lados percebe que ter um filho em circunstâncias criticadas pela sociedade é um acto de coragem.
Sobretudo quando criticam se tivesse feito um desmancho. Começa a haver coerência e noção da realidade. Isto enche-me o coração de esperança
Mas vai enchendo devagarinho, Pedro, que já temos levado tantos baldes de água fria...
E é preciso não esquecer que um Papa sozinho não faz um Vaticano (e muito menos o "desfaz").
Nós tivémos alguma sorte: casámos já com o bé-bé ao nosso colo - e que foi baptizado na mesma cerimónia. Mas não é a mesma coisa, claro.
Está-me cá a parecer que este Francisco pode ir longe. Ou melhor, pode levar o Mundo longe. Que por acaso bem precisa...
Também há paróquias e paróquias.
Eu saí da igreja (aquela coisa alemã de se desvincular, deixar de pagar o imposto religioso, e ser excomungado) quando estava grávida com o Matthias, mas o padre não levantou problema nenhum para o baptizar.
Enviar um comentário