Muitas vezes, desejamos partir com o circo. Ver aqueles vagões enormes entrando na estrada, levando todos aqueles momentos maravilhosos para algum lugar distante, faz com que nos sintamos pequeninos e nos dá uma vontade enorme de ir juntos, abandonar lar e escola e mergulhar no mundo paralelo do brilho, espanto, alegria e felicidade.
Terça-feira, às 11 horas da noite, deixei a Helena na casa da Fernanda. Lá, ela iria dormir e acordar na quarta para iniciar uma viagem até o Rio de Janeiro, passando por Paraty e cercanias. Uma parte do meu coração foi viajar com elas, como um aprendiz da vida, orgulhoso por estar entre o mágico, o trapezista e a bailarina.
O circo acontece entre as pessoas, é feito tanto pelo público como pelos artistas.
E também não é fácil desfazer a tenda e partir, quando se está tão bem num lugar.
Na tarde de sábado andámos a passear pela Barra. Havia um grupo de samba rafeirinho num bar da praia, e resolvemos ficar por ali, bebendo água de coco e saboreando aquele ambiente de festa. Só podia ser portuguesa essa que desatou a chorar na praia cheia de sol e samba.
No teu circo que parte, Ruben, eu sou o palhaço do lugar-comum, a cara escancarada de sorriso e os olhos cheios de lágrimas.
2 comentários:
Bem-aventurado o que chora porque só ele sabe rir.
Bem-aventurado o que chora perante a beleza da vida - sinal de que se deixou tocar por ela. :)
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